quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Arpoador

Meu filho me instalou numa janela
frente ao mar
Atrás dela havia, sim, um quarto
mas o filho reservara
o mar. Arpoador. 
Vinte horas
Dormi o menos que pude, adormeci sem sentir -
ouvido na voz do tempo, a do mar

Aquele som de dentro, aquele som de fora

Topos intermináveis, léxicos desatentos
sal por toda parte
O mar, indo, vindo, chegando até mim agora,
tempos depois, acumulado
agulhas no peito, o próprio da vida

- la incertidumbre, como se diz  em espanhol.


(o quarto lá, no mesmo lugar)




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